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    Vacina em spray nasal contra a Covid recebe financiamento e deve avançar para testes clínicos

    Com os recursos de R$ 30 milhões liberados pelo Ministério da Saúde, pesquisa do Incor seguirá para a fase de produção de doses para ensaio clínico

    Spray Nasal (6 de março 2021)
    Spray Nasal (6 de março 2021) Reprodução / CNN

    Guilherme Gamada CNN

    em São Paulo

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    OInstituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo (Incor) recebeu recursos para a continuidade do projeto de desenvolvimento da vacina em formato de spray nasal contra a Covid-19.

    De acordo com o Incor, o aporte de R$ 30 milhões foi aprovado pelo Ministério da Saúde e permitirá que a pesquisa avance para a fase de produção de doses para os testes clínicos em humanos.

    “A liberação desse recurso significa um impulso muito grande no desenvolvimento dessa vacina nacional. Vamos agora avançar com o projeto e para os testes clínicos em voluntários”, afirma o pesquisador Jorge Kalil, diretor do Laboratório de Imunologia do Incor e professor titular de Imunologia Clínica e Alergia da USP.

    Naatual fase do projeto, InCor realiza tratativas com fabricantes internacionais para a produção de doses do imunizante seguindo normas de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e escala industrial.

    Segundo o Incor, a partir do fechamento desse acordo, será feito pedido de autorização junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para início das fases 1 e 2 de testes em humanos. Os ensaios permitem analisar quesitos como segurança, resposta imune e o esquema vacinal mais adequado.

    A vacina, projetada para aplicação pelas narinas, conta com componentes derivados do vírus que serão transportados a partir de nanopartículas.

    A aposta da vacina pelo formato de spray nasal tem como objetivo amplificar a imunidade no ponto mais importante da infecção: as vias aéreas. O coronavírus entra no organismo pelo nariz infectando a mucosa.

    De acordo com o Incor, a candidata a vacina deve atuar diretamente no sistema respiratório, fortalecendo a resposta imune de toda essa região, de forma a evitar o processo de infecção, desenvolvimento da doença e transmissão para outras pessoas.

    “As pesquisas experimentais realizadas até agora mostram que os animais imunizados apresentam altos níveis de anticorpos IgA e IgG e também uma resposta celular protetora. Neste momento da pandemia e conforme a população brasileira se vacinou de forma expressiva contra a covid-19, a proposta desta vacina é ser um imunizante de reforço capaz de barrar a infecção e disseminação do vírus pelas vias áreas”, explica Kalil.

    Diferentemente das vacinas atuais, que usam a proteína Spike para induzir a resposta imune do organismo, a vacina do Incor utiliza peptídios sequenciais, que são biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos, derivados de proteínas que compõe o vírus. A proteína vacinal é inserida em nanopartículas capazes de atravessar a barreira de cílios e muco presentes no nariz, chegando às células.

    O imunizante desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia do InCor conta com a parceria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e de diferentes unidades da USP: a Faculdade de Medicina, o Instituto de Ciências Biomédicas e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

    (Sob supervisão de Lucas Rocha)

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