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    Como o Brasil pode se preparar ao enfrentamento da subvariante XBB.1.5

    Ministério da Saúde monitora cenário epidemiológico e orienta sobre a importância de completar o esquema vacinal com as doses de reforço indicadas para cada público

    Ministério da Saúde reforça necessidade de adotar medidas de prevenção
    Ministério da Saúde reforça necessidade de adotar medidas de prevenção André Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo

    Lucas Rochada CNN

    em São Paulo

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    A circulação da subvariante XBB.1.5 do coronavírus poderá levar ao aumento no número de casos de Covid-19 a nível global. O alerta foi feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta semana.

    Apesar disso, o Grupo Consultivo Técnico sobre Evolução de Vírus (TAG-VE, em inglês), que assessora a organização, classificou como “baixa” a avaliação de risco da subvariante, que é um recombinante de outras sublinhagens da Ômicron. A subvariante altamente transmissível tem sido associada ao aumento significativo de infecções nos Estados Unidos.

    Cientistas identificaram o primeiro caso de Covid-19 no Brasil causado pela variante XBB.1.5 do coronavírus no início de janeiro. O caso confirmado pela Rede Dasa é de uma paciente de 54 anos de Indaiatuba, no interior de São Paulo. De acordo com a Dasa, a amostra foi coletada em novembro de 2022, mas a confirmação da nova variante ocorreu apenas recentemente.

    ACNN consultou o Ministério da Saúde sobre a avaliação de risco quanto ao possível aumento de casos da doença no país e se estão previstas mudanças nos protocolos de prevenção.

    Em nota, o ministério respondeu que monitora atentamente o cenário epidemiológico da Covid-19 no Brasil, assim como a evolução da cobertura vacinal e as inovações tecnológicas de prevenção e tratamento contra a doença.

    Para reduzir os riscos de transmissão, a pasta reforçou a necessidade de adotar medidas de prevenção e controle descritas no Guia de Vigilância Epidemiológica da Covid-19.

    O documento orienta medidas de prevenção não farmacológicas, incluindo distanciamento físico, etiqueta respiratória, higienização das mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfeção de ambientes, isolamento de casos suspeitos e confirmados, bem como a quarentena dos seus contatos.

    Segundo o ministério, a ampliação da cobertura vacinal contra a Covid-19, incluindo a aplicação de doses de reforço, é um dos principais métodos para reduzir os riscos de surtos da doença no Brasil.

    “Além disso, orienta sobre a importância de completar o esquema vacinal com as doses de reforço indicadas para cada público, garantindo assim a máxima proteção contra o vírus e suas variantes, e recomenda que estados e municípios realizem a busca ativa da população que ainda possui doses em atraso”, diz o ministério em nota.

    A orientação é reforçada pelo médico infectologista Álvaro Furtado, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

    “Essa variante é mais transmissível, para os mais vulneráveis a máscara é importante, principalmente em lugares fechados. Além disso, o mais importante é as pessoas completarem o esquema vacinal e esperarem chegar as vacinas bivalentes no Brasil, que têm uma performance melhor para as subvariantes da Ômicron”, diz.

    Nova onda de Covid-19

    A pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Marilda Siqueira afirma ser difícil prever o impacto da circulação da subvariante XBB.1.5 no país, mas enfatiza a necessidade de ampliação da cobertura vacinal e da adoção de medidas de prevenção.

    “É muito difícil anteciparmos qual pode ser o tamanho de uma nova onda. Temos uma população vacinada, mas precisamos melhorar a taxa de reforço. Isso é muito importante para todos os grupos: tanto populações vulneráveis, como idosos e portadores de doenças crônicas, quanto adultos e jovens, que ainda têm baixa taxa de reforço”, disse.

    Ministério da Saúde reforça orientação sobre imunização contra a Covid-19 / Governo do Estado de São Paulo

    O pesquisador José Eduardo Levi, da Universidade de São Paulo (USP), avalia que não há necessidade da retomada de protocolos de restrição como o fechamento de fronteiras e a proibição de voos com destino ao Brasil.

    “Não tem nada de diferente para essa variante que já não esteja sendo feito ou que deveria estar sendo feito para a Covid em geral. Como ela é muito transmissível, é importante proteger basicamente os mais frágeis. Usar máscara no contato com os idosos e, principalmente, que todos estejam com a vacinação em dia, principalmente os mais vulneráveis”, diz Levi.

    Especialistas recomendam que, diante do aumento da circulação viral, devem ser reforçadas medidas de prevenção individual.

    “Também precisamos reforçar o uso de máscaras em locais fechados, em aglomerações e em contato com pessoas vulneráveis, como ocorre em hospitais, clínicas e asilos. Além disso, devemos continuar com a vigilância genômica, reforçando as estratégias de amostragem para monitorarmos as linhagens em circulação no Brasil”, diz Marilda.

    Esquema vacinal

    O Ministério da Saúde orienta que a primeira dose de reforço, recomendada para pessoas a partir de 5 anos de idade, deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. A segunda dose de reforço, no momento, é recomendada pela pasta para a população acima de 40 anos de idade e trabalhadores da saúde, independentemente da idade.

    Os imunizantes recomendados para as doses de reforço em pessoas a partir de 18 anos de idade são da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen. Para crianças de 5 a 11 anos, deve ser usada a vacina pediátrica da Pfizer. Para adolescentes entre 12 e 17 anos, deve ser utilizada preferencialmente a vacina da Pfizer. Caso não esteja disponível, pode ser utilizada a vacina Coronavac.

    Para quem começou o esquema vacinal com a dose única da Janssen, a recomendação é a seguinte: três reforços para pessoas com idade igual ou maior que 40 anos e profissionais da saúde, e dois reforços para pessoas de 18 a 39 anos. O primeiro reforço é aplicado dois meses após o início do ciclo e os outros devem obedecer o intervalo de quatro meses. A orientação é que também sejam utilizadas as vacinas AstraZeneca, Pfizer ou a própria Janssen.

    De acordo com o ministério, as recomendações foram feitas a partir de estudos que demonstram que a capacidade de gerar resposta imune, chamada imunogenicidade, após aplicação de doses de reforço heterólogas, com combinação diferente de vacinas contra a Covid-19, foi adequada e superior a esquemas sem doses de reforço.

    Cuidados básicos ajudam a prevenir a Covid-19

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