Rodrigo agradece a Doria por dar “passo atrás” ao desistir de corrida ao Planalto
João Doria diz que estará ao lado do governador de São Paulo na campanha, enquanto bancada federal discute novos rumos

Um dia após João Doria (PSDB) declinar da pré-candidatura ao Palácio do Planalto, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) abriu um discurso a empresários, em São Paulo, com elogios e agradecimentos ao ex-governador, nesta terça-feira (24). Rodrigo agradeceu a Doria por ter, segundo ele, dado um passo atrás e deixado uma avenida aberta para outras alternativas.
“Mais uma vez você mostra desprendimento dando um passo atrás para buscar alternativas, se é que elas existem, e deixando a avenida aberta para que eu busque a construção política”, disse.
Após o encontro com empresários, Rodrigo desconversou sobre o papel que Doria terá na sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. O ex-governador, no entanto, confirmou à CNN que apoiará o governador.
“Rodrigo Garcia merece apoio. É o candidato mais preparado. Terá meu apoio”, disse.
À reportagem, na segunda-feira, Rodrigo Garcia já havia sinalizado que não considera outro nome dentro do partido. Ontem, o governador esteve em agenda no interior de SP, com Baleia Rossi, presidente do MDB.
“O partido (PSDB) vai avaliar com MDB e Cidadania. O nome do PSDB era Dória”, respondeu.
A bancada federal tem reunião marcada hoje em Brasília, para discutir novos rumos da campanha presidencial. Com a saída de Doria, aliados de Bruno Araújo buscam manter acordo com o MDB por Simone Tebet, mas há ressalvas entre parlamentares.
A ala mais ligada ao antigo PSDB, defende candidatura própria. Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, e o senador Tasso Jereissati são nomes citados frequentemente.
“Se vamos ter candidato, é para ser a presidente. Ainda que as conversas com o MDB prossigam”, disse o ex-senador José Aníbal.
Izalci Lucas (PSDB-DF) e Adolfo Viana (PSDB-BA), líderes do partido no Senado e Câmara, estavam presentes, além dos deputados Beto Pereira, Secretário-Geral do partido, Pedro Cunha Lima e Pedro Vilela.
“Acredito que com o gesto de ontem, o Governador Doria cresce na sua dimensão política. Tanto dentro do PSDB, como também no que chamamos de centro democrático. Terá papel importante na consolidação e ampliação desse campo, que pretende apresentar uma alternativa ao atual cenário de polarização. Defendo que, inclusive, seja intensificado o diálogo com outros partidos que hoje não estão integrados à esse propósito”, disse Vilela.
Fotos – os pré-candidatos à Presidência
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022
Crédito: CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 2de11
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT
Crédito: Foto: Ricardo Stuckert - 3de11
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 4de11
Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência
Crédito: Divulgação/Flickr Simone Tebet - 5de11
Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência
Crédito: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 6de11
José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Bras - 7de11
Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018
Crédito: Romerito Pontes/Divulgação - 8de11
Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente
Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021 - 9de11
Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022
Crédito: Pedro Afonso de Paula/Divulgação - 10de11
Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022
Crédito: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 11de11
Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB)
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