betway

Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    CNJ tem maioria contra endurecer regras de conflito de interesses e adia votação

    Proposta prevê limites ao patrocínio privado em eventos e ao recebimento de presentes e discussão deve ser retomada na semana que vem

    Sessão no plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília
    Sessão no plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília Reprodução/YouTube

    Lucas Mendesda CNN

    Brasília

    Ouvir notícia

    OConselho Nacional de Justiça (CNJ) adiou, nesta terça-feira (19), a análise de uma proposta de resolução que visa endurecer regras sobre conflitos de interesse de juízes.

    A minuta traz normas para participação de magistrados em eventos e seminários, recebimento de presentes e auxílios e prevê limitação para que entidades privadas patrocinem atividades promovidas por associações de classe da magistratura.

    O caso deve voltar a ser debatido na próxima terça-feira (26).

    Há maioria formada para rejeitar a proposta apresentada, com o retorno do texto a comissões internas do CNJ e posterior reformulação.

    A posição foi apresentada pelo corregedor-nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão. Ele foi seguido pelos conselheiros Mauro Martins, Richard Kim, Marcio Luiz, João Paulo Schoucair, Marcos Vinicius, Marcello Terto e Bandeira de Mello Filho.

    A proposta é da relatoria do conselheiro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, integrante do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Seguiram sua posição os conselheiros Mario Maia, Salise Sanchotene, Jane Granzoto e Giovanni Olsson.

    A suspensão da análise foi determinada pela ministra Rosa Weber, presidente do CNJ. “Meu voto vai fazer ponderações”, disse a magistrada. “O assunto tem que ser muito debatido e amadurecido”.

    Eventual aprovação da proposta terá validade para a magistratura nacional, com exceção do Supremo Tribunal Federal (STF).

    A proposta foi apresentada em sessão no dia 22 de agosto. Salomão pediu vista (mais tempo para análise) na ocasião.

    Na retomada da discussão, o corregedor criticou pontos da minuta, e disse que os trechos sobre conflito de interesses e suspeição vão além da competência do CNJ por não ter respaldo em lei.

    Salomão também afirmou que já existem normas e resoluções legais e do próprio CNJ que tratam do tema proposto pela minuta.

    Proposta

    Oficialmente, a proposta de ato normativo trata da transparência no Poder Judiciário. O texto define o conceito de atividades que configuram conflito de interesse na atuação dos juízes.

    A minuta traz uma regulação de diversas atividades de juízes fora da magistratura, estabelecendo, por exemplo, limites para exercício da docência, que deve ser compatível com horários da atuação profissional.

    O texto reitera a proibição da prática de coaching, inclusive pelas redes sociais.

    A participação de magistrados em eventos, como palestrante e conferencista, deve ser previamente informada às corregedorias locais e nacional da Justiça.

    Conforme o relator do texto, a norma propõe a fixação de balizas para realização de congressos, seminários e encontros jurídicos realizados, promovidos ou apoiados por associações de classe da magistratura.

    A possibilidade de entidades privadas com fins lucrativos patrocinarem esses eventos fica restrita a valores até um teto de 20% dos gastos totais, desde que não haja “ingerência na programação”.

    O recebimento de remuneração direta ou indireta pelo magistrado para participar desses eventos passa a configurar conflito de interesse para atuar em processos vinculados a entidades privadas. A exceção é para eventos custeados exclusivamente pela associação de classe.

    O recebimento de presentes, auxílios e contribuições fica limitado a R$ 100, com exceção de livros para uso em atividade profissional.

    VÍDEO — CNJ aponta “gestão caótica” em acordos da Lava Jato

    Mais Recentes da CNN

    betway Mapa do site