Governo vai recorrer de decisão que transfere traficante ‘Rogério 157’ de presídio federal
Ex-chefe do tráfico na Rocinha está no presídio federal de Rondonia e recebeu aval de um juiz do Rio para voltar ao estado de origem
O governo do Rio de Janeiro vai pedir a manutenção do traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, em presídio federal.
Desde 2018, ele está preso na penitenciária de Porto Velho, em Rondônia, sob o comando do governo federal. No dia 9 deste mês, porém, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça, recebeu decisão judicial para que ele volte ao sistema penitenciário estadual do Rio de Janeiro.
ACNN apurou que a Seap do Rio já está preparando parecer para a Justiça fluminense apreciar junto à Justiça Federal.
Ao tomar conhecimento da decisão, Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, que está no Rio de Janeiro por conta da crise instalada nos últimos dias, criticou.
“No meio de uma situação delicada que o Brasil inteiro está acompanhando, recebemos uma determinação judicial para transferir de uma penitenciária federal para o Rio de Janeiro, um líder de facção do estado. Todos precisam cooperar no enfrentamento ao crime organizado”, postou Cappelli nas redes sociais. À CNN, confirmou se tratar do caso “Rogério 157”.
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Mais transferências
Dois criminosos que estavam em presídios federais retornaram para o sistema prisional do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (25). Luis Claudio Machado, conhecido como Marreta, e Hebert Belo, o Pezinho, já estão em presídios da capital fluminense.
Eles são apontados pela polícia como chefes do tráfico de drogas no estado. Marreta foi preso pela última vez no Paraguai, em 2014, onde coordenava a distribuição de armas e drogas para comunidades da capital. Ele foi enviado para Bangu.
ACNN apurou que o governo federal vai tentar colocá-los de volta ao sistema federal.
Rogério 157
Rogério ainda não foi transferido. Quando foi preso, era o chefe da facção criminosa Comando Vermelho na Rocinha, comunidade na zona sul do Rio.
Tinha como seu principal rival do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha, que também está detido em um presídio federal.
A disputa entre ele e Nem desencadeou uma guerra pelo controle dos pontos de venda de drogas na maior favela do Rio, em setembro de 2017.
Rogério 157 foi preso pela Polícia Civil na comunidade do Arará, na zona norte da cidade, naquele ano. Na época, ele era considerado o traficante mais procurado do estado e tinha uma recompensa estipulada em R$ 50 mil.
